Da Vizinhança

Cravo da índia



No quarto ela olha da janela a paisagem
Essa exitação viceral e o amante a ponto.
Juras de tesão fugaz como essa imagem,
Retrato versado de tesão, o micro conto.


Lembra o filme da vida a cada piscar
Que toca o horizonte, toca aquele mar.
Que antes quem sabe foi amor de índios...
Lembrou-se de seus dois amantes lindos,

Do primeiro vê sua genialidade sexual
Fortaleza em forma de um ser humano
Com tantas virtudes nesse hostil plano
Um herói, real jus a sua posição literal.

Do segundo é carne da unha com carne
Gemido é romance perto do que há ali
Suor embriagou os deuses do Olimpio
Vive, cresce e morre em gozo “haraquiri”.

Ante ontem amava seu Herói, no seu querido lar,
Ontem amara seu macho com dentes na jugular,
Hoje ainda amará sua poesia passional no paraíso
Já dissera que você é como uma alma de Dionísio?

Antes que seja preciso julgar o tesão
É preciso saber gozar, e tesão não é privado.
Mas também não é mal falado
Tesão é ser verdadeiro
Com o que sente
E sai
Da
Boca o beijo...

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